quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Notas floridas de quinta(-feira)

Máxima

“Jornalista é bicho danado. Quer sempre adivinhar primeiro pra divulgar depois.” – bela definição de alguém que não é, mas circula pelo meio.

Botânica

Por falar em jornalistas, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais deste Ryo Grande (existem os amadores?), aderiu à onda de reinaugurações: anuncia – para não sei quando – coquetel de reinauguração da sede e inauguração da Galeria de Fotos dos ex-presidentes, batizada “Jornalista Rogério Cadengue”. Bravo!

A reinauguração tem seus motivos: o Viveiro Marina (vale o merchan, que somos corporativistas), doou plantas e vasos, “que deixaram a nossa sede mais bonita”, como bem informou a presidente Nelly Carlos – que, segundo a opinião da coluna, já embelezava, e muito, a instituição.

Botânica II

A turma anti-tabagista pode até chiar – mas nem deveria: o Shopping Cidade Jardim contratou o arquiteto Eric Perman para projetar uma “praça contemplativa”, com plantas e banquinhos para os amantes do tabaco se sentirem menos excluídos da manada. Palmas.

Botânica III

E como nesses dias, vésperas de Finados, o comércio das flores se intensifica, jornalistas desempregados podem tirar um troco na porta dos cemitérios (antes que entrem e não saiam mais) – mas atenção, nada de trabalhar na ilegalidade: compareça a Semsur e cadastre-se – o prazo final é hoje.

Seis ou meia-dúzia

Desta vez o Sinjorn não tem o que reclamar: na Funcarte, Capitania das Artes, sai César Revorêdo, entra Rodrigues Neto. Ambos jornalistas.

De lambuja, da autoria do Auto de Natal 09, sai Clotilde Tavares, entra Edson Soares. A primeira é médica, mas como blogueira atua melhor do que muito jornalista. O segundo vem dos quadros da TV Ponta Negra. Como Rodrigues Neto – que, aliás, começou mal ou ao menos maleducadamente: Clotilde Tavares soube da mudança através dos jornais.

Ora pro nobis

Enquanto, fósforos na mão, ensaia acender a vela dos santos ou a do demo, Garibaldi (Alves) Filho aproveita, mais uma vez, sua quota como senador e dá um empurrãozinho na publicação do livro “Dom Marcolino Dantas, por ele mesmo”, editado pelo Senado Federal e com lançamento hoje, 19h, no Midway.

O Cônego José Mário de Medeiros autografa a antologia, que reúne, além da produção poética de Dom Marcolino, homilias, discursos, bênçãos, pregações etc. etc.

Ave sangria

Mais pro profano do que pro sagrado – aliás, sangrado – é o outro lançamento da noite: dez anos depois, Civone Medeiros (ex-Enovic) relança suas “Escrituras sangradas – toscas fatias de escrevinhaduras” (safra 99), e aproveita para lançar o Livro 2 – “Ave de arribaçã ou a propósito de Viena e outros ondes”, que começou a ser escrito na virada do século, quando – confidencia o release – “voa para a capital austríaca e vive uma nova fase de sua vida, com a filha Bianca (hoje uma linda moça) e um amor”.

Nossa. Viajar pra Viena d’Áustria com a filha e um amor é tudo na vida, né não?

Os prefaciadores sangrados são Bianor Paulino (book one) e João Batista de Morais Neto (book two).

No Nalva Melo Café Salão, 18h.

Ó

Começa hoje a Feira do Livro do Seridó. Em Caicó. Agora, com o perdão dos organizadores (a quem respeito e estimo tanto), dizer que Gabriel, O Pensador, é um “grande nome da literatura nacional” é quase um atestado de ignorância. Ou de mau gosto.

Senilidade

Você não tem nenhuma dúvida que está ficando velho quando começa a achar esquisito nomes de bandas como “Dionne e UpFront” e “Acoustic and Grooved” – pois, as duas se apresentam hoje e amanhã, respectivamente, no Seis em Ponto Bar & Petiscaria. Sempre a partir das nove da noite.

Estado das coisas

Hoje, pra quem gosta – e como tem gente que gosta, fazer o quê? – tem lançamento do DVD “Um estado de espírito”, do grande, fenomenal, imbatível Ricardo Chaves. Na Central do Carnatal, 19h.

apócrifos

Para os amantes da rede mundial de computadores – tuiteiros, blogueiros, facebookeiros, orkuteiros e demais eiros – recomenda-se passar na banca de revistas mais próxima e adquirir “Caiu na rede”, da jornalista Cora Rónai (de O Globo), sobre textos falsos da internet que se tornaram clássicos. É bem velhinho, data de 2005 (o que nos tempos do twitter é uma eternidade), mas está pela merreca de R$ 9,90, ou coisa assim.

Então, quatro anos atrás dona Cora já escrevia: “O meio-de-campo da internet está tão embolado, e os apócrifos se espalham com tal velocidade, que qualquer tentativa de descobrir ou estabelecer autorias é, praticamente, uma batalha perdida.”

Prosa

“Naquela grande aridez, só a vida que pulsava sem ruído conseguia triunfar.”

Miguel Torga

Bichos

Verso

“Que mais / te vulnera / infante?”

José Bezerra Gomes

“Adivinhação”

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