sexta-feira, 13 de março de 2009

Notas com e sem poesia nas vésperas do seu dia

PRÊMIO
Se eu fosse um caba chato e metido estaria escrevendo por aqui: “Foi só aparecer nesta coluna [sábado passado] que Renan Rêgo logo foi indicado ao Prêmio Abril de Fotojornalismo”.
Besteira, tudo mérito do rapaz, que viajou para Roraima, com o então cunhado Rodrigo Levino, e juntos publicaram uma matéria na Playboy (junho do ano passado), sobre o conflito na reserva Raposa Serra do Sol.
É o primeiro passo para entrar no rol dos mais premiados da editora Abril – que inclui muitos fotógrafos, entre eles J. R. Duran, Pedro Martinelli e Orlando Brito.
Enquanto isso, vale o registro: mais de um ano depois de ceder este espaço ao sobrescrito, não são poucas as leitoras que continuam saudosas de Levino.
TOUR
Com músicas de Villa-Lobos, o grupo musical carioca Quadro Antiquo faz apresentação amanhã, às 20h30, na Igreja do Galo, a mais bonita da City.
Quem não conhece a Igreja do Galo e o Convento Santo Antônio, corra que vale à pena. Amanhã ou qualquer outro dia.
Depois de rezar, acender uma vela, deitar fora uma confissão básica, aproveite e vá dar uma flanada pelo Beco da Lama.
Ao passar pela estátua do Padre João Maria, na praça homônima, acenda uma velinha pro santo, também. Eita: nem sei se o homem é santo. Mas já me disseram que faz milagre, sim senhor.
Ah! E se forem ao show do Quadro Antiquo não se esqueçam de levar o clássico um-quilo-de-alimento-não-perecível.
INSTANTE
Os embalos do sábado à noite no Praia Shopping (amanhã, claro) homenageiam as mulheres e fazem um mix com o Dia da Poesia: além de Michelle Lima, às 21h, tem Ivando Monte cantando alguns poemas musicados por Fagner.
Há de cantar, indubitavelmente, “Motivo”, que já se inicia definitiva: “Eu canto porque o instante existe”.
E que finda ainda mais objetiva: “E um dia sei que estarei mudo/ – mais nada.”
Cecília Meireles, claro.
AC/DC
Os Poetas Elétricos, acompanhados de Gabriel Souto e do VJ Júlio Castro, fazem show no Largo da Ribeira nesta véspera do Dia da Poesia, dentro da programação da Funcarte, às 18h. Uma hora antes, sobe ao palco Mirabô. Depois, Carcará na Viagem, Agregados do Rap, repentistas etc.
Antes, bem antes, 7h30 da madrugada, tem o tradicional café com poesia. Na Capitania.
E amanhã tem uma “alvorada poética”, bem tardinha pra ser uma alvorecer, mas, tudo bem, coisas da Fundação Zé Augusto: 8h, sol já alto, esquentando as paredes do Forte dos Reis Magos.
Tem tanta coisa rolando em nome da Poesia que os senhores e as senhoras vão me desculpando, mas imagino que nesta e em outras folhas a programação completa há de ser mui bem divulgada.
Mas, impossível não perceber uma disputa(zinha) entre Governo e Município: se hoje a Funcarte promove “Feijão e Poesia”, no Sesc da Rio Branco, 12h30, a FJA segue o cardápio com uma feijoada no Bar de Nazaré, Beco da Lama, meio-dia em ponto.
E enquanto a Brouhaha ficou a ver navios na Capitania dos Portos, digo, das Artes, a Preá renasce pela FJA qual fênix das cinzas.
CALOUROS
A banda de forró Tua Mãe é Minha Boy é uma das atrações confirmadas na Calourada Geral 2009-ponto-um da cinqüentenária UFRN.
Não é a única de nome incomum: o “pagode de mesa” Eita Danou-se, e a Orquestra Boca Seca, também confirmaram presença.
Diante delas a Seu Zé – também na programação – parece bem normalzinha.
A calourada acontece hoje, a partir das seis da tarde, na Praça Cívica do Campus.
MÁFIA
Notícia das melhores: estréia “Gomorra”, hoje, no Praia Shopping.
Em novembro do ano passado o sobrescrito citava Roberto Saviano, o autor do livro que inspirou o filme: foi logo após um concerto em homenagem ao escritor, na Itália, que Miriam Makeba sentiu-se mal e veio a falecer.
Na época, mesmo diante das milhões de cópias vendidas pelo mundo, em mais de 40 países, ainda não tinha sido traduzido no Brasil. Agora, é.
Pois, comprem o livro, assistam o filme. Depois vão comer uma pizza.
VÍDEO
Hoje tem exibição do vídeo “Motricidade” no auditório da Capitania, 9h.
PULGAS
A Feira de Artes e Antiguidades do Cidade Jardim promete artigos de R$ 1 a R$ 1 mil. Começa hoje e vai até domingo. O visitante pode comprar cédulas, moedas, rádios, vitrolas, LPs, livros, e, claro, um bocado de quinquilharia – mas tudo das antigas. Funciona no horário normal de abertura do shopping.
SENSO
“Enquanto lia seu artigo ‘Quando o céu cai sobre nossas cabeças’ eu me perguntava: o que haverá por trás dessa (conforme batizada por você mesmo) filosofia de beira de calçada? O que você quis dizer para você mesmo enquanto escritor/leitor de seus artigos eu não tenho a menor idéia, o que quis me dizer por sua vez enquanto leitora assídua fez todo sentido para mim.” – de uma leitora, na opção pelo anonimato, fazendo crer ao sobrescrito que vale à pena escrevinhar algumas palavras neste espaço.



PROSA
“Principalmente porque num mundo de doutos, e não sendo eletricista ou encanador, consigo trocar palavras por margarina, feijão e pão.”
Vicente Serejo
Da arte de escrever...
VERSO
“Escrever para abrir o leque.
Eis minha meta.”
Marize Castro
“Escrever”

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